Comunicação com pacientes com FPI: podemos fazer melhor?

Março, 2024

 

Introdução

Este artigo considera as dificuldades que os médicos enfrentam em se comunicar com pacientes com fibrose pulmonar idiopática (FPI) e seus entes queridos e como podem se comunicar com os pacientes de forma mais eficaz, desde a notícia sobre o diagnóstico até o apoio ao longo da doença.

 
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Principais achados

  • Um diagnóstico de FPI muitas vezes deixa os pacientes confusos e com medo 2-4. Os pacientes olham para seus médicos como uma fonte de informação sobre sua doença, seu prognóstico e como eles podem diminuir seu impacto em suas vidas 5-7.
  • O curso imprevisível FPI e o risco de exacerbações agudas tornam as discussões sobre prognóstico desafiadoras, mas não devem impedir que os médicos tenham conversas significativas com os pacientes, ao mesmo tempo em que reconheçam incertezas.
  • O fornecimento de informações sobre a doença e seu manejo deve ser empático e individualizado em todas as etapas, levando em conta as necessidades e preferências do paciente.
  • As habilidades de comunicação dos médicos podem ser melhoradas através de programas de treinamento e prática. Modelos e protocolos como o protocolo SPIKES fornecem processos baseados em habilidades centrados no paciente que podem ajudar os médicos a melhorar suas interações com os pacientes8. Uma série de vídeos explicando o protocolo SPIKES está disponível em: https://www.pulmonaryfibrosis360.com8.
  • O(a) parceiro(a), familiar ou cuidador (a) do paciente não devem ser vistos apenas como uma fonte de apoio ao paciente, mas como uma pessoa que pode ter dúvidas e preocupações em seu próprio direito.
 

Conclusão

A comunicação eficaz e empática é uma habilidade que os médicos podem aprender e praticar. Modelos, ferramentas e protocolos estão disponíveis para ajudar os médicos a melhorar suas habilidades de comunicação. Uma comunicação mais eficaz, levando em conta as necessidades e preferências individuais do paciente, pode ajudar a diminuir o impacto que a FPI tem na vida dos pacientes e de seus entes queridos.

Referências

  • 1
    Wijsenbeek MS, et al. Communicating with patients with idiopathic pulmonary fibrosis: can we do it better? ERJ Open Res. 2022;8(1):00422-02021.
  • 2
    Senanayake S, et al. Patients’ experiences of coping with Idiopathic Pulmonary Fibrosis and their recommendations for its clinical management. Leroyer C, ed. PLoS ONE. 2018;13(5):e0197660.
  • 3
    van Manen MJG, et al. What patients with pulmonary fibrosis and their partners think: a live, educative survey in the Netherlands and Germany. ERJ Open Res. 2017;3(1):00065-02016.
  • 4
    Ramadurai D, et al. Understanding the informational needs of patients with IPF and their caregivers: ‘You get diagnosed, and you ask this question right away, what does this mean?’ BMJ Open Qual. 2018;7(1):e000207.
  • 5
    Russell Amet al. Qualitative European survey of patients with idiopathic pulmonary fibrosis: patients’ perspectives of the disease and treatment. BMC Pulm Med. 2016;16(1):10.
  • 6
    Maher TM, et al. Identifying barriers to idiopathic pulmonary fibrosis treatment: a survey of patient and physician views. Respiration. 2018;96(6):514-524.
  • 7
    Moor CC, et al. Gaps in care of patients living with pulmonary fibrosis: a joint patient and expert statement on the results of a Europe-wide survey. ERJ Open Res. 2019;5(4):00124-02019.
  • 8
    Baile WF, et al. Spikes - a six-step protocol for delivering bad news: application to the patient with cancer. The Oncologist. 2000;5(4):302-311.

SC-BR-07374

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