O efeito da empagliflozina em pacientes internados por insuficiência cardíaca é dependente da fração de ejeção do ventrículo esquerdo?

Outubro, 2024

O que há de novo?

A empagliflozina demonstrou ser bem tolerada e eficaz em pacientes hospitalizados por insuficiência cardíaca (IC), independentemente da fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE). O benefício clínico da empagliflozina ao longo de 90 dias, em comparação com o placebo, foi consistente em todas as categorias de FEVE (≤40%: win ratio 1.35 [95% CI 1.04, 1.75]; 41-49%: win ratio 1.25 [0.66, 2.37)] e ≥50%: win ratio 1.40 [0.87, 2.23]). Além disso, a empagliflozina foi bem tolerada e apresentou um perfil de segurança semelhante ao do placebo (204 eventos adversos no grupo placebo versus 179 no grupo empagliflozina). Os eventos adversos que levaram à descontinuação do medicamento foram raros e bem equilibrados entre os dois grupos, independentemente da fração de ejeção. Esses achados corroboram os resultados de outros estudos que mostram benefícios dos inibidores de SGLT2 em diferentes categorias de FEVE. O estudo apoia o início precoce da medicação, sugerindo que o tratamento deve ser iniciado antes da avaliação completa da FEVE. 

Implicações clínicas em contexto

A recomendação para iniciar a empagliflozina durante a hospitalização, mesmo antes da avaliação completa da FEVE, pode levar a uma melhoria mais rápida nos desfechos clínicos, reduzindo o tempo de hospitalização e melhorando a recuperação dos pacientes. A inclusão da empagliflozina nos protocolos de tratamento para insuficiência cardíaca no ambiente hospitalar pode ajudar a padronizar o manejo da doença, oferecendo uma abordagem mais eficaz e baseada em evidências para o tratamento. O perfil de segurança favorável da medicação, pode aumentar a confiança dos médicos em sua utilização em pacientes internados. O início da medicação ainda no ambiente hospitalar aumenta sua taxa de adesão do paciente, podendo reduzir o risco de readmissões hospitalares e morte cardiovascular, que é um objetivo crucial no manejo da insuficiência cardíaca.

Material destinado exclusivamente a profissionais de saúde habilitados a prescrever e/ou dispensar medicamentos.